Um dia na Palavra Impressa

Um dia na Palavra Impressa

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Na semana passada, várias pessoas nos enviaram os parabéns pelos 21 anos da Palavra Impressa. (Dicas do LinkedIn!…). Pensamos: “ora, por que é que ano passado não falaram nada?” Claro, 20 anos não significam nada, mas o 21º aniversário parece que celebra uma certa “adultez”.

Isso fez pensar no que é que caracteriza este projeto — a esta altura, uma realização. E talvez uma pequena descrição de um dia na Palavra Impressa, ou de uma semana, ou de algumas horas, possa mostrar o que podemos fazer por você.

Ontem, fizemos uma visita a um hospital, onde discutimos com um cirurgião de joelho, linha por linha, um artigo científico que ele havia escrito — e onde seu mais importante achado ainda estava escondido. Antes disso, já havíamos despachado para impressão quatro artigos de uma das revistas de medicina que editamos, e que careciam de solução para pequenos detalhes. No caminho para o hospital, contatamos o nosso estatístico para dar a ele orientações sobre um gráfico que precisava ser adicionado a uma prova de outro artigo de cliente nosso, já no prelo. 

Na volta do hospital, conversamos pelo telefone com um fisioterapeuta que precisava de ajuda para formatar sua aula de mestrado. Ao chegarmos, editamos a imagem do gráfico do outro cliente, juntamos com uma carta ao editor e a prova corrigida e enviamos para a revista usando sistemas eletrônicos. Depois, finalizamos a revisão da tese de uma psicóloga, adicionando uns dados que a autora acabara de enviar em separado, e saímos novamente, agora para outro hospital. 

O primeiro hospital, que visitamos pela manhã, era bem diferente: filantrópico, de serviço público, cheio de desafios de infra-estrutura e de pacientes em macas nos corredores. O segundo está cotado como um dos melhores e mais luxuosos do Brasil. O cliente ali tinha um projeto de pesquisa para agência de fomento… que não iria conseguir convencer o agente avaliador a lhe dar financiamento. Editamos juntos o texto para que ficasse mais claro, conciso e consistente, além de convincente. A reunião aconteceu no departamento de pesquisa clínica da instituição, onde a convivência com outros pesquisadores e gestores de pesquisa é sempre enriquecedora. De volta ao escritório, terminamos a tradução de um artigo que já estava quase pronto, e enviamos para publicação numa revista britânica.

Um dia tão mergulhado em estudos da área de saúde pode fazer pensar que só trabalhamos com isso. Mas os diários aqui na Palavra Impressa podem ser variados — e apetitosos por isso. Nós também ajudamos advogados, contadores, engenheiros, administradores de empresas e de pessoas, designers e jornalistas com seus estudos (projetos, dissertações, teses, trabalhos de conclusão de curso, relatórios de pesquisa). Manuscritos acadêmicos de várias áreas — porque nós adoramos aprender.
Fora da academia, também temos ajudado as pessoas e organizações com seus textos. Formatamos e ajudamos nossos clientes a apresentarem suas aulas. Escrevemos currículos e cartas de apresentação para velhos clientes que estão tentando novos projetos de vida mundo afora. Fazemos reportagens. Participamos da edição de livros sobre vários temas, incluindo vários registros históricos e de projetos sociais desenvolvidos por fundações respeitadas no Brasil e no mundo (sim, já trabalhamos para a Organização Mundial de Saúde). Temos colaboração voluntária com a Cochrane, realizando a revisão de textos que são traduzidos por outros voluntários no Brasil todo. E essas histórias nós contamos não só em forma de artigos científicos, mas também de exposições que montamos em eventos, participações em congressos internacionais, entrevistas, textos para sites visitados por leigos, incluindo revisão e edição de entradas da Wikipedia.

Para leigos? Sim, claro. Todos têm direito à informação. Nós, da Palavra Impressa trabalhamos todos os dias para que os especialistas possam levar a público o resultado de seus trabalhos: sobre saúde, sobre cidadania, sobre direitos. Só assim o avanço das ciências vai poder beneficiar o maior número de pessoas.
Patricia Logullo é doutora e meta-pesquisadora no Centre for Statistics in Medicine (CSM) na University of Oxford, Reino Unido e medical writer certificada pela International Society of Medical Publication Professionals (ISMPP). Além do Doutorado em Saúde Baseada em Evidências (pela UNIFESP), também é mestre em Ciências da Saúde (pela FMUSP) e Jornalista Científica (pela UNICAMP).

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